Natal à sombra do Santuário da Mãe Rainha

Nós nascemos para celebrar o nascimento de Jesus! Pe Pedro Cabello

Missa de Natal

Por:Audrey Markutis:

 

Então é Natal! O momento tão esperado em nosso meio, para renovar nossas esperanças, com a chegada do Menino Jesus.

 

Hoje, 25 de dezembro de 2021, o Pe. Pedro Cabello presidiu a Missa de Natal, com o Pe.Gustavo Hanna Crespo, como concelebrante e o Diácono Gabriel Felipe Oberle.

 

Animada pela Juventude fomos convidados a entregar nossos pedidos e intenções para Santa Missa aos pés do Menino Jesus no Presépio peregrinando em procissão até o altar.

 

Em sua homilia, o Pe. Pedro compartilhou conosco:

 

“É uma alegria celebrar esta Eucaristia, como sempre estamos à sombra do Santuário, esta tenda, este lugar de celebração que é uma extensão do que é o Santuário da Mãe Rainha, o Santuário é pequenino, não cabe muita gente, então a gente se entende assim, celebramos simbolicamente à sombra do Santuário da Mãe Rainha, ela que nos acolhe e ela que nos leva na nossa mão para o mistério do Natal.

 

O nosso fundador, o Pe. Kentenich, sempre dizia ‘No Santuário é o nosso Belém, onde Cristo nasce sempre de novo’.

 

Toda vez que eu frequento o Santuário e tenho este encontro com Cristo, que é o centro de nossa espiritualidade, neste momento acontece a graça do nascimento do Belém, porque Jesus se manifestou para nós, seres humanos, em Belém. Mostrou toda sua glória e dignidade de Deus. Então, irmãos e irmãs, a Mãe Rainha nos acolhe debaixo do seu manto e nos mostra o grande presente que ela tem para cada um de nós, neste tempo litúrgico. Este Menino Jesus, que para nós, na imagem de graças do Santuário, está sempre do colo dela, oferecendo para todos aqueles que a veneram, para todos aqueles que vem visita-la. É Ele que tem que ser presenteado para nós, colocado também em nosso colo.

 

Celebramos o dia do Natal, imagino que muitos participaram ontem na Missa do Galo, a missa vespertina, que já se antecipa a este mistério que a gente celebra no dia 25, o dia do Natal.

 

A riqueza litúrgica, tem que ser bem aproveitada e a gente tem que usar todos os elementos que a liturgia nos oferece para poder entender o mistério. Esse é o sentido da liturgia, o sentido das orações, o sentido dos cantos: entender, fazer mais claro o mistério que a gente celebra.

 

Importante, irmãos e irmãs, que liturgicamente quando a gente fala da liturgia, toda ação que a gente realiza aqui e que nós realizamos juntos, todos somos celebrantes deste grande mistério no nosso caso. E a liturgia nos quer ser como um show bem preparado que lembra coisas antigas, nos quer ser um show em que tudo está muito bem preparado, muito bem iluminado, com tudo aquilo que faz parte e que ajuda nossos olhos, nossos ouvidos.

 

Como é bom escutar uma leitura, com a moça que fez tão bonita a leitura. A Rafaela também que terminou a primeira leitura, com sua palavra. Como é bonito escutar tudo isso que nos ajuda, mas o mais importante, tomara que possamos levar isso para nossa casa: a liturgia nos renova interiormente. Não é um teatro bem feito, cada vez que celebramos, todo o tempo do Advento e o Natal estamos renovando as forças espirituais no meu coração. Essas forças que me levam a uma conversão um pouquinho mais séria, por isso cada ano celebramos este mistério como a Páscoa e tantas outras festas litúrgicas que vão convertendo nosso coração, que vamos entendendo um pouquinho mais o mistério desse Deus que se revelou, este Deus que nos visitou, esse Deus que se fez pequenino, esse Deus que se fez um como nós. Tão bem expressado no presépio, que artisticamente está colocado aqui na frente e aqui atrás.

 

Irmãos e irmãs este é o segundo em que me parece importante, para quem celebra o Natal, que voltemos para casa com o coração renovado. Um pouquinho, talvez uma pequena vírgula mudou, lá no meu coração. E, mais concretamente que se perceba, que eu celebrei o Natal.

 

Fora de tudo aquilo que acompanha a festa do Natal, os presentes, as festas, uma boa comida, uma boa bebida, tudo faz parte da festa e da celebração e nos faz tão bem a nós seres humanos. Porque nós nascemos para festejar. A nossa vida tem que ser uma festa e por que não celebrar o nascimento do salvador com muitos presentes? É bonito isto! Festa das luzes! Quem não colocou uma luz diferente no seu presépio, nas portas das casas, na janela? É a forma como nós expressamos a nossa gratidão, o nosso louvor a este Deus que se encarnou.

 

O mundo pega essas coisas e sabe brincar muito bem com as luzes, quem for para um shopping, vai ver muitas luzes de todas as cores, piscando, que bonito. Graças a Deus é assim e nós fazemos parte. Deus nos criou assim, com uma psicologia própria. E nós nos alegramos, festejamos e intercambiamos presentes, amigo secreto, ... tudo isso faz parte do nosso mistério do Natal. Os reis magos, que logo logo celebraremos, também tomaram Jesus como amigo secreto, levaram presentes para o recém nascido, porque havia festa.

 

(...) E hoje irmãos e irmãs, este evangelho lindíssimo que escutamos, que sempre se proclama no dia do Natal, João (o evangelista) faz toda uma meditação, porque ele escreveu estas palavras com uma certa distância dos fatos, não foi imediatamente que ele estava escrevendo. Se passou muito tempo e João faz uma reflexão daquilo que aconteceu no dia do Natal.

 

Não vamos pegar o evangelho pra desmiuçar teologicamente, mas é um dos Evangelhos mais lindos, no sentido que nós seres humanos, ele João, faz um levantamento, uma meditação, sobre o que significou a encarnação do Filho de Deus. Ele faz todo um joguinho ‘a palavra estava com Deus e era Deus e termina dizendo e a Palavra se fez carne e habitou entre nós’.

 

É bom neste tempo de Natal, se queremos levar alguma coisa para o nosso dia a dia e para mostrar para o povo de Deus, nossos amigos, parentes, nossa própria família que às vezes celebram com tanta indiferença esta festa, dizer ‘hoje me converti um pouquinho mais a esta realidade que Deus se fez homem e habitou entre nós’.

 

Nós estamos falando de Deus, ... estamos falando daquele Deus criador de todas as coisas, as visíveis e as invisíveis, se fez homem e habitou entre nós. Isto tem consequências concretas e deveria ter. Como seria bom se nós tomássemos consciência disto, que Deus assumiu a nossa natureza humana, desapareceria as doenças que estão em moda, que se aninham no coração da gente. Desapareceriam muitas brigas, desapareceriam muitas indiferenças, se nós fizéssemos e tivéssemos a consciência de que Deus se fez homem e habitou entre nós. O Deus infinito se fez um menino pequenino, frágil, como mostra o presépio aqui atrás.

 

Irmãs e irmãs, as consequências da encarnação significa, imagina o respeito que a gente deveria ter pelo outro, pelo irmão, a solicitude que a gente deveria ter para com aquele que sofre, aqueles que tem que fugir de suas terras, deportados, aqueles que não tiveram com que celebrar um lindo Natal.

 

Enfim, nesta noite um grupo de jovens, nesta madrugada aliás, aqui do Santuário da Mãe Rainha saíram para alegrar a vida das pessoas, dos irmãos que moram na rua, levaram panetone, levaram alguma coisa para beber, para que sintam que estamos celebrando o Natal, este Deus que se encarnou, também naquele mendigo que está atirado na rua, sem ter o que comer, que bonito.

 

Natal é a festa da alegria, Deus se fez homem e nós participamos, nossa natureza participa desta empreitada de Deus. Deus foi demais! Então que possamos voltar para casa um pouquinho renovados e que a liturgia não nos seja só, aqui nesta tenda, neste tempo, que não seja só na igreja, mas que possamos levar aquilo que celebramos hoje aqui, para fora. Que se perceba que eu celebrei o Natal do Menino Jesus.”

Amex Assessoria
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