Dia da Aliança de Amor, chama viva da esperança!

Dia da Aliança renovada no Espírito que nos une e nas Missões que dão Esperança

No dia 18 de janeiro de 2025, no santuário Sião do Jaraguá, a Missa de Renovação da Aliança de Amor com a Mãe Rainha Três Vezes Admirável de  Schoenstatt foi celebrada pelo Pe. Gabriel Felipe Oberle, concelebrada pelo Pe. Vandemir Meister, e contou com a participação dos seminaristas Jerosh Neel, da Índia, Lucas Botassio e Davi Vilarinho, do Brasil. Lucas fez a homilia, pois a Juventude Masculina (JUMAS) está em missão nesses dias no Jaraguá e na Missão Belém. Lucas explicou as leituras do dia e compartilhou um pouco da experiência das missões.

Primeira Leitura (Isaías 62,1-5)
As leituras falam de forma muito bonita sobre o que é mais importante para nós na Aliança de Amor. A primeira leitura do profeta Isaías nos revela o amor infinito de Deus por Sião, por Jerusalém. Esse amor não tem limites. Jerusalém, a cidade escolhida por Deus, tinha cometido muitos erros e negligenciado os valores de Deus, mas Ele se manifestou por amor, dizendo: "não me calei porque com ela fiz uma aliança", usando uma imagem nupcial, uma imagem matrimonial. Mesmo que Sião tenha traído, Deus continuará olhando para ela com o olhar de um noivo para sua noiva. A aliança de Deus se manifesta no fato de que, mesmo sendo ofendido e desprezado, Ele não desiste de sua aliança, amando seu povo até o fim.

Segunda Leitura (1 Coríntios 12,4-11)
Na segunda leitura, da carta de São Paulo aos Coríntios, vemos que há diversidade de dons, mas um só espírito. Assim, nas categorias de Aliança, o que une todos nós é o Espírito. Cada um de nós é um dom do Espírito Santo. Somos pessoas diferentes, mas, se não fosse por Deus, não conseguiríamos ver união no mundo. A graça do Espírito Santo é o amor que nos une, e o amor de Cristo nos uniu para que haja uma verdadeira união, que só é possível se houver diversidade. Deus não quer que sejamos todos iguais, uma cópia dos outros. Por isso, Ele nos deu uma história, uma família, uma identidade, e com o Espírito Santo, podemos viver nossa originalidade. É possível perceber os dons e limitações que Deus nos deu e, na graça do Espírito Santo, podemos transmitir essa aliança de amor. Isso é uma aliança sincera, onde devemos reconhecer os dons que Deus nos deu e nos unir aos dons dos outros, pois todos são obras do Espírito Santo.

Evangelho (João 2,1-11)
O Evangelho de João, que narra as Bodas de Caná, também contém um tesouro que podemos tirar desse dia da aliança. Na história, Jesus e os discípulos foram convidados para as bodas, mas, de repente, o vinho acabou. Maria, como mãe atenta, observou a situação e não quis deixar os noivos constrangidos, pois o vinho era um símbolo de alegria. Quando Jesus percebeu que faltava vinho, Ele realizou o milagre de transformar água em vinho. O evangelho de João é o mais antigo, mas, com elaborações teológicas, esse relato das Bodas de Caná é paralelo à crucificação de Jesus, com três elementos diretamente relacionados à cruz. O primeiro é a menção à "hora" de Jesus, que inicialmente diz "a minha hora não chegou", mas, na cruz, chega a sua hora. A segunda associação é que Jesus se dirige a Maria chamando-a de "mulher", o que não é um ato de desrespeito, mas um gesto de mostrar o rosto da Igreja, a esposa de Cristo. Quando Ele fala "mulher", Ele está se referindo a todos nós, à Igreja. Naquelas Bodas de Caná, Jesus não queria que faltasse vinho na sua Igreja, nem que sua mãe ficasse sem vinho, pois a Igreja também acolhe Maria. O terceiro ponto é que o cumprimento da missão de Jesus, que começa nas Bodas de Caná, se completa na crucificação. Quando Maria diz que não há mais vinho, o verdadeiro vinho é o sangue de Jesus, que será derramado na cruz. Este é o milagre de Jesus: Ele compromete sua vida, seu coração, e Ele é o primeiro a dar o exemplo. Como João, que estava aos pés da cruz, devemos nos associar a esse relato e acolher Maria, a missão e o amor de Jesus, cujo sangue derramado por nós é o verdadeiro vinho, a verdadeira alegria, que nos dá a plenitude da vida.

Missão Cristo Tabor

Nesta semana, os membros da JUMAS estiveram em missões e também compartilharam um pouco dessa experiência que é a força da Aliança de Amor. Eles levaram uma cruz transparente com dois símbolos: uma estrela, que representa a missão em Belém, no centro de São Paulo, onde acolhem moradores de rua, e outra cruz, que é um símbolo do santuário do Jaraguá, que é muito importante para nós, da Casa do JUMAS. Eles também visitaram um lar de idosos, mostrando entusiasmo e a força da aliança.

Uma das experiências compartilhadas foi de uma casa de idosos que, anteriormente, foram moradores de rua. A prefeitura não oferece acolhimento para acamados, e, por isso, instituições da Igreja acolhem essas pessoas. Rafael Hashimoto, reitor da comunidade, compartilhou sua experiência sobre como irmãos de rua acolhem idosos e cuidam uns dos outros. Em seguida, João Vitor, outro reitor da comunidade, também falou sobre a missão. O que os idosos mais perderam foi a família. Embora eles ainda tenham Cristo no coração, perderam o que há de mais importante. Ao final do dia, os missionários vão até o Santuário e entregam suas vivências à Mãe Rainha, pois essas vivências não são nossas, mas de Cristo, e as entregamos como um "capital de graças".

Lucas, seminarista concluiu: Este ano, está sendo um ano de esperança para aqueles que estão nos limites de suas vidas, onde ninguém mais coloca esperança. Um morador de rua, que passou mais de 20 anos nas ruas, foi capaz de se converter. Portanto, as pessoas também devem se aventurar a visitar idosos e outros lugares, para reacender o fogo da esperança. Este é o testemunho de Cristo, a esperança que Ele traz ao nosso mundo. Agradeço à JUMAS por levar essa esperança para as pessoas e peço à Nossa Senhora da Aliança de Amor que este fogo possa entusiasmar toda a juventude.

 

Capital de Graças da Família do Jaraguá

Ao final, Pedro e Hilda Malafaia convidaram todos a participar do próximo Capital de Graças de 18 de janeiro a 18 de fevereiro e recordaram o 2º Marco Histórico, do 20 de janeiro. Assim leram: 

Neste mês, daqui a 2 dias, recordamos o 2º Marco da História de Schoenstatt.
Com a grande influência do Movimento Apostólico de Schoenstatt em toda a Alemanha, Pe. Kentenich é visto como uma ameaça ao Estado durante o governo nazista no país. Por isso, ele é preso e interrogado pela polícia, que decide levá-lo para o campo de concentração, depois de um exame médico que o indicou apto para o trabalho forçado.
O exame era superficial. Pe. Kentenich tinha apenas um pulmão e isso não foi constatado. Com muita luta, a Família de Schoenstatt consegue um médico que aceita fazer uma nova avaliação e provar sua debilidade, com possibilidade de livrá-lo da condenação. Mas, para isso, era preciso uma declaração preenchida e assinada pelo prisioneiro, ele mesmo, que deveria ser entregue até às 17 horas, do dia 20 de janeiro de 1942. Pe. José Kentenich não foi favorável a essa intervenção humana para sua liberdade. Para ele, o mais importante era saber e realizar a vontade de Deus, que na sua percepção, indicava que não deveria assinar tal documento.
- Que demonstração de fé, não!?
Então, abre mão de sua liberdade física para conquistar a liberdade interior da Família de Schoenstatt, sendo condenado ao campo de concentração de Dachau/Alemanha.
Nosso Fundador define como verdadeira liberdade fazer o que Deus quer. E isso não é fácil: precisamos estar sempre perguntando o que Deus quer de fato. Às vezes, custa entender o que Ele nos diz por meio dos acontecimentos. “Deus nos fala na linguagem do dia-a-dia, e é essencial ouvi-lo”.
Se queremos seguir o desejo do Pai Fundador, de sermos livres, capazes de decidir, com convicção pelos mais elevados ideais, temos que voltar nosso olhar para a Mãe, que espelha a esperança, que quer despertar em nós a esperança e seu poder milagroso. Precisamos desejar, confiar e colaborar para que esta esperança vença todos os obstáculos e que possamos alcançar aquilo que Deus deseja de nós.
 
O Papa Francisco, em um documento, nos aconselha: “Liberdade de espírito supõe fidelidade. Supõem oração”...
Então, a FAMÍLIA DE SCHOENSTATT DO JARAGUÁ faz esse convite: que neste ANO SANTO, em que somos chamados para a transformação, que façamos a ORAÇÃO DO JUBILEU (de 18 de janeiro a 18 de fevereiro), como nosso Capital de Graças: uma forma de nos prepararmos para esse tempo especial, onde somos convidados mais uma vez a plantarmos as sementes do Evangelho e a esperançar por um mundo cheio de alegria e paz.
 
 
 
Depois da missa houve a renovação da Aliança de Amor e queima do Capital de Graças
 
Vídeo: Carlos Pussoli
Texto: retirado da homilia do dia por Sueli Vilarinho
fotos:  Toni Vicente
Amex Assessoria
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