Abertura do Ano da Família de Schoenstatt do Jaraguá

No último domingo, dia 20 de fevereiro de 2022, a família do Santuário Sião Jaraguá se reuniu para abertura oficial do ano. Sob as sombras do Santuário, com representantes de todos os ramos e com a direção do Pe. Marcelo Aravena, traçaram-se algumas metas para as atividades apostólicas de 2022, ano em que celebramos o Jubileu de 75 anos do Ideal Tabor no Brasil.

Pe. Marcelo iniciou dando boas-vindas e agradecendo todos os ramos presentes, em especial aos dirigentes, que tem a tarefa de dirigir e conduzir os irmãos e irmãs na Aliança de Amor. E, as boas-vindas em especial aos 6 casais que se prepararam para selar a Aliança de Amor, como Liga das Famílias, neste dia festivo.

“Irmãos e irmãs iniciamos este ano de atividades que promete ser muito ativo, para todos os ramos, porque temos vários Jubileus: O Jubileu da Missão Tabor, o Jubileu do Santuário de Atibaia, o Jubileu da Liga de Famílias do Jaraguá e temos também os desafios da vida presente.”

Convidados a redescobrir o que é nossa Missão Ideal Tabor no Brasil, o Pe. Marcelo nos indicou a leitura do livro “Revelando o Tabor”, que descreve sobre todos os temas que precisamos saber para este ano. Mas ressaltou que como ponto especial de nossa missão precisamos centrarmos e concentrarmos na pessoa de Jesus Cristo, que é o nosso Tabor vivo! Citando uma frase do livro, nos disse: “Com Maria, no Santuário, olhamos para Cristo”.

Relembrando também, que o Santuário também contempla os Santuários-Lares e que cada cristão, batizado, é convocado a ser um novo Cristo. “Ser um novo Cristo para que o nosso Brasil, seja definitivamente, uma terra de liberdade, uma terra mariana, uma terra do amor, (...) uma terra da verdade e da justiça, (...) uma terra da confiança na vitória.”

“Nossa tarefa hoje, este ano e sempre é ser um tabor vivo, focado no Cristo, para transformar o Brasil nessa terra amada, de Maria, da justiça, da verdade, da liberdade e da confiança na vitória.”

Na sequência a Senhora de Schoenstatt Raquel Padilha, também deu as boas-vindas a família, relembrando que os anos de jubileu são anos de graças e que devemos aproveitar as graças dos três jubileus que celebraremos. E, a alegria de podermos celebrarmos juntos fisicamente esta abertura, onde muitos puderam se reencontrar, desejando também que tenhamos um ano muito fecundo.

Os dirigentes da Liga das Famílias, Eliane Gonçalves e Márcio Chese, falaram sobre o jubileu de ouro da Liga no Jaraguá, onde eles querem resgatar a história nestes 50 anos e continuar construindo esta história. Foi entregue para todos os presente a Oração da Liga das Famílias de Schoenstatt no Brasil, para que todos possa contribuir ao Capital de Graças por este ano jubilar.

Representando a Juventude tivemos o Lucas Livinho do Jumas e a Beatriz Barbosa da Jufem nos contando sobre os direcionamentos e tarefas já estipuladas pelos grupos para este ano e finalizando as falas eu, Audrey Markutis, falei como dirigente da LAFS.

Dando continuidade, assistimos um vídeo explicativo do Pe. Vandemir Meister sobre o Tabor Fest III, o qual também recebemos uma oração para oferecermos nossos capitais de graça e demos início a Santa Missa, presidida pelo Pe. Marcelo Aravena.

Em sua homilia, o Pe. Marcelo assim nos disse:

“Domingo passado escutamos o evangelho das bem aventuranças (...) e hoje ouvimos o evangelho do amor. Jesus faz uma proposta, uma proposta, uma dinamica nova.

 di hoje ouvimos o envagelho do ente da LAFS, Audrey Markutisionamentos e tarefas jir proposta, uma dinâmica nova, diferente da dinâmica do mundo e muitas vezes nossa dinâmica. Jesus exige aos seus uma transformação dos próprios sentimentos e atitudes, de forma que o amor ocupe sempre o primeiro lugar. E eu poderia parar aqui, porque acabou o ensinamento, mas vou continuar porque é importante essa mensagem de Jesus para hoje, neste tempo, a exigência de amar e perdoar é uma novidade radical que Jesus nos apresenta.

Em outro lugar do evangelho, Ele fala ‘Amar a Deus e Amar ao Próximo’, até aí tudo bem, mas hoje Ele fala também ‘Amar aqueles que nos odeiam ou aqueles que eu tenho um atrito’, meus inimigos, meus adversários. Jesus radicaliza o mandamento do amor e isso é precisamente o que faz realmente cristão, o cristão: de fazer com aqueles o que eu gostaria que fizessem comigo. E eu quero ser amado, quero ser querido, aceito, respeitado, reconhecido, tratado com carinho e ternura. Todos queremos isso, porque fomos criados com o amor de Deus, que é amor; para o amor, a causa do amor.

Então, essa exigência de amar e perdoar, esta novidade radical do mandamento de amor de Jesus é uma prioridade para nós que queremos ser felizes. Porque nossa vida é ser feliz. (...) todos querem ser feliz, porque fomos criados pelo amor, para o amor, com amor, a causa do amor.

É preciso amar, e, Jesus vai muito mais além do que a doutrina do antigo testamento, para Ele é preciso amar ao próximo e amar ao próximo sem exceção.

Lembra da primeira leitura, quando Davi perdoa a vida de Saul, ele podia ter matado a Saul, seu adversário, mas disse ‘não, ele também é ungido de Deus, eu não tenho o direito de matar ninguém’. Ele era seu inimigo e estava em suas mãos, poderia acabar com o inimigo, mas perdoou ali.

Os exemplos concretos que Jesus dá a este propósito desta leitura, sugere que não basta evitar responder os sofrimentos é preciso ir mais além e inventar, repensar, uma dinâmica de amor que desarme a violência, a agressividade, o ódio. Ele fala quando receber uma bofetada, coloca a outra (face). Meu Deus, que difícil! Já pensou se você tem aquele temperamento primário e reage? Difícil! Mas eu sei que no final do dia eu tenho que perdoar e que não vou ser feliz se não consigo perdoar. Vou estar sempre aqui com este sentimento, uma dor, uma mágoa, que não conduz a nada.

Queridos irmãos, hoje o mundo preza a violência, a agressividade, o ódio, ali na Ucrânia, na Rússia, na Europa, estão a beira de uma guerra, que isso? E eles sabem perfeitamente bem quanto sofrimento traz uma guerra. Esses princípios de ódio gera inevitavelmente guerras entre os povos, separações e divisões entre os membros, muitas vezes, da mesma família. Inimizades, conflitos, também entre os colegas, colegas de trabalho, relacionamentos difíceis e pouco fraternos entre os membros da mesma comunidade. Uma comunidade cristã e religiosa, deveria ser só paz e amor, mas acontece.

A lógica de Jesus, a lógica dos seguidores de Jesus, é precisamente a única que é capaz de por um travão, a inimizade e todas as coisas que dividem. A violência sempre gera mais violência, só o amor desarma a agressividade e transforma os corações dos maus, dos direitos e das pessoas pacíficas.

E nós, amigos? Estamos dispostos a nos transformar em protagonistas da paz, da amizade, do amor fraterno? A poucos dias renovamos nossa Aliança de Amor e hoje um grupo de seis casais selam sua Aliança de Amor, essa Aliança nos está inspirando para ser construtores deste novo Brasil, como uma terra do amor, da liberdade, da justiça, da pureza, da alegria e da esperança?

Como fazemos aí? De certo nós concordamos nesta missão de ser Tabor para o Brasil na força da Aliança de Amor, eu sei que a resposta é positiva.

Eu gostei muito de ouvir a Beatriz, a dirigente da Jufem, quando ela falou ‘nós somos o futuro’ (...), muito bem, concordo com ela, mas para que eles/elas, sejam o futuro, nós temos que nos preocupar com o presente e que seja um presente digno, para um futuro melhor. O futuro se constrói agora, no presente e o presente somos nós. Então temos as ferramentas e os instrumentos para isso. Temos as ideias, temos energia, temos tudo para transformar o Brasil, na medida do possível.

(...) ‘Somos o futuro’, sim! E queremos que vocês sejam o futuro, mas presente é imprescindível que seja bom também, para que esse futuro seja você. Entendem a dinâmica, a lógica? É assim!

Queridos irmãos e irmãs estamos abrindo o ano, o Ano Tabor, desejo para todos muitas bênçãos, muitas alegrias, que possamos enfrentar os desafios com dignidade, com fé, com alegria e com confiança na vitória! Amém?”

Ao final da celebração pudemos acompanhar a Aliança de Amor dos seis casais da Liga das Famílias e depois compartilhamos um café da manhã em família.

Texto Audrey Markutis

Fotos: Luiz Batera Gomes